


O exercício da liderança deve ser dos mais inspiradores, elevados e meritórios que possam existir.
Imensos filmes fazem o seu louvor, como O Gladiador, 300, Último Samurai, o Senhor dos Anéis, O Clube dos Poetas Mortos, Sully, Braveheart e se quisermos estender a lista à liderança pessoal, temos o Em Busca da Felicidade, Jerry McGuire, Uma Mulher de Sucesso, Erin Brockovich, o Diabo veste Prada, entre tantos outros.
E é essa hombridade, coragem, respeito, sentido de justiça que vemos nas empresas? Algumas vezes. A esses bons, louváveis e exemplares exercícios de condução, gestão e desenvolvimento de pessoas aos quais aplaudo de pé, lá chegaremos.
Escutamos, por outro, lado nas empresas, palavras como a “minha hierarquia”, o “meu chefe”, o “meu superior” e nenhuma delas parece ecoar em mim os elementos comportamentais elevados e diferenciadores que associo à Liderança. E que pena.
A Liderança é antes de tudo olhar primeiro para dentro: estender a sua auto analise a todas as dimensões de si próprio, fazer um TAC ou melhor, uma Ressonância para que consigamos fazer ressoar nos outros, naqueles a quem servimos, o melhor deles próprios. Sim, liderança como a entendo é servir e só o conseguimos fazer ao nosso melhor nível, quando também buscamos em nós, o nosso sentido de serviço, a nossa missão, o nosso Propósito.
Não acredito nem em líderes especialistas nem em especialistas de liderança. Acho até que a palavra “especialista” formulada antes ou depois de qualquer outra palavra ou frase, traz um equívoco que não devemos alimentar.
Não há especialistas no exercício da liderança, há sim pessoas que aparecem todos os dias juntos dos outros, nas empresas, nas suas famílias, na condução dos seus projetos e equipas e que na sua função de liderança, treinam, treinam para serem cada vez melhores. E nessa busca move-os uma inquietação especial, pois dentro deles sabem que “se estacionamos muito tempo nas zonas de conforto, isso torna-se a nossa norma. Torna-te confortável a estares desconfortável.” (David Goggins, recomendo a sua pesquisa)
Simon Sinek é daqueles estudiosos (não especialistas), consultor e speaker que trabalha a liderança nas empresas e que nos inspira quando nos devolve o seu lado B da liderança (B porque promove reflexões úteis ao nosso lado A, aquele que exercemos diariamente às vezes até em piloto automático).
Sinek tem um belíssimo vídeo em que numa entrevista fala da importância da consistência. Ora se este conceito em si não é novo para qualquer desempenho, crescimento, melhoria pessoal, a verdade é que surpreende na forma como desmonta esta dimensão. Tentarei reproduzir as suas palavras:+ “consistência são aqueles pequenos atos aparentemente insignificantes que fazemos todos os dias sem exceção, até que um dia, de repente começamos a ver resultados que parecem inesperados. Não ficamos tonificados por ir treinar uma vez 8h seguidas num ginásio. Ficamos sim tonificados com a repetição/ consistência diária de treinarmos várias vezes com regularidade.” Efetivamente, e alargo este exemplo: não somos generosos por um gesto random que tivemos uma única vez. Somo-lo quando consistentemente a prática da generosidade faz parte do nosso dia a dia: generosidade com o colega num trabalho, com a equipa, com um estranho na rua, connosco próprios (!) quando tiramos uns minutos para nos apaziguar.
E na liderança, escutar o outro, criar conexão, ter coragem de expor as suas vulnerabilidades e mostrar que “não sei”, deixar o outro brilhar e crescer, reconhecer um bom trabalho, apoiar e orientar num mau, todas estas dimensões e muitas mais só se revelam como traços idiossincráticos do “kit” de uma pessoa, quando são colocados em ação consistentemente.
Confesso que adormeço muitas vezes a sonhar com a forma como me reinventar no dia seguinte nesta caminhada tão nobre e exigente que é o exercício da liderança e acordo no dia seguinte com a firme convicção semelhante à dos pacotinhos do café Nicola: “hoje é O dia…” e completo mentalmente: …para atualizar a minha gestão de pessoas, fazer algo de bom que faca os outros felizes consigo próprios.
Deixo-lhe aqui um desafio: no mundo em que se move, as pessoas com quem se cruza, nas ambições e sonhos que tem para si, na sua liderança (pessoal) hoje é O dia para…?
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